
Kenzie Houk, de 26 anos, grávida de oito meses, foi morta, enquanto dormia, com um tiro à queima roupa. Pouco tempo depois, Jordan Brown - o menino de 11 anos que mais tarde a polícia acusou do assassínio da madrasta - entrava no autocarro que o levou à escola como se nada tivesse acontecido.
O crime aconteceu numa pequena casa, no quarto onde o pai de Jordan vivia com a namorada. Agora o rapaz, já com 12 anos, enfrenta a prisão perpétua uma vez que vai ser julgado como adulto. Na casa viviam ainda outras duas crianças de 7 e 4 anos filhas de Kenzie Houk.
Segundo o New York Times, os procuradores vão tentar que Brown seja julgado por homicídio de primeiro grau, o que fará com que o rapaz possa enfrentar uma pena de prisão perpétua caso seja considerado culpado.
Christian Brown criou o filho sozinho, depois de ser abandonado pela mãe. O tiro que tirou a vida de Kenzie Houk, e do bebé que nasceria dentro de duas semanas, obrigou o homem a abandonar o trabalho na construção civil para defender o rapaz.
Questionado sobre a espingarda que deu de presente ao filho, Christian Brown respondeu: “Se a pergunta é se me arrependo de lhe ter comprado uma arma? Não. Recebi a minha primeira arma exactamente quando tinha 11 anos de idade”.
De acordo com a família da vítima, alguns meses antes do crime, Jordan contou aos primos sobre a intenção de matar a madrasta por ciúmes.
Christian nega que o filho tenha cometido o crime ou que tivesse sequer feito ameaças de morte por ciúmes da gravidez da madrasta.
No Estado da Pensilvânia, a lei é uma das mais rigorosas dos Estados Unidos: se uma criança com mais de dez anos comete um homicídio é tratada pela Justiça como se fosse um adulto.
Nos Estados Unidos existem 2,6 mil adolescentes a cumprir prisão perpétua.