sexta-feira, 24 de junho de 2011

Li por ai e achei lindo...

Não sei o teu cheiro, nem perguntei o teu nome no dia que chegaste com pressa. Sem pressa de sair.
Não voltaste, porque no fundo nunca chegaste a partir.
E se nunca partiste… se nunca voltaste… não sei porque me parece sempre ser a primeira vez que te vejo quando chegas entre as sombra e a luz do sol.
É como se fosses novo todos os dias. Como se o sol fosse teu. Como se o mundo girasse no compasso do teu passo. Tu não entendes…
Não te amo para sempre. Porque amanhã sei que te vou trocar por ti.
Vou-me voltar a apaixonar. Vou voltar a sonhar. Vais-me ensinar a voar. Fazes isso todos os dias e todos os dias começamos de um zero mais a frente.
É como se a descontinuidade de nós nos fizesse mais certos. Mais nossos. É como se nos entregássemos de novo todos os dias, como se ainda nada tivéssemos trocado. É como se fossemos sempre iguais à nossa desigualdade. Como se tudo fosse nosso sempre pela primeira vez.
Conhecemo-nos em cada encontro. E nunca te perguntei o nome. Nunca te decorei o cheiro, porque sei que amanhã vens diferente e eu tenho de estar de portas abertas para me apaixonar por ti.
Podes voltar amanhã.
Tu não voltas. Renovas-te. E apareces. E eu apaixono-me e peço sempre para não partires. E tu não partes mas nunca ficas.
Não me vou apaixonar por ti para sempre.
Mas vou sempre apaixonar-me por ti.

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