sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Historia de Amor

Estou?
Olá…
Quem é?

Sou eu, a felicidade iludida…
O que é que tu queres?
Dizer que te amo…
Outra vez? Já ouvi isso 15 vezes. Não te cansas?
Quem ama não cansa…
Mas eu canso… eu não te amo!
O quê?
É isso mesmo, eu iludo e por isso me chamo ilusão do amor…
Como podes dizer isso?
Dizendo que não te amo. Não devo nada a ninguém…
Não deves nada?
É claro que não…
Deves sim… o teu amor…
Que amor?
Tu fazes-me voar tão alto e agora dizes que não me amas?
Deves estar a fiar louca!
Estou mesmo louca… acreditei em ti!
Tu sabias que era só amizade não?
Claro que não… disseste tantas coisas… e ainda me deste um beijo!
Um beijo? Aquilo nem foi um beijo…
Não foi? Então o que foi?
Ok… foi um beijo sem significado.
Ah e um beijo sem significado deixa de ser beijo?
Não…
Quer dizer, e não significo nada para ti?
Significas…
O quê?
Uma grande conta de telefone no fim do mês. Agora vou desligar…
Não... por favor…
Porquê?
Porque eu te amo…
Qual o valor que o teu amor me vai dar?
Felicidade.
Eu quero coisas materiais…
Eu vou ser tua…
Isso não vale… quanto é que tu vales?
Porquê essa pergunta?
Se eu enjoar de ti posso-te empenhar?
O que é que eu fiz para me tratares assim?
Amar-me! Agora vou desligar!
Não, por favor!!!
Queres parar com isto? Estou farto!!!!
Não… por favor, não desligues.
?
Fala comigo…
?
Por amor de deus, diz que me amas!
Ouve! Eu estou farto de ti. Agora vê se me esqueces!
Eu prefiro morrer do que te esquecer.
Ai é? Então mata-te!
Não… por favor… não me faças isto, eu amo-te…


Dias depois…


Do que morreu esta rapariga?
De intoxicação…
Coitada… ela tinha algum problema?
Sim, sofria de amor…


E então, no dia do funeral o rapaz de que a rapariga gostava apareceu no local prestando a sua ultima homenagem e lançou uma rosa vermelha e disse baixinho:


Amo-te…


Ela lá de cima a ver tudo, respondeu bem alto:


Tarde demais!

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