quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Roubadinho do blogue Madrugada Cruel

Eu juro que tentei. Ergui muralhas e derrubei inúmeros guerreiros por ti. Menti ao meu coração e disse-lhe que já nao me fazias falta e que as lágrimas já não caiam quando descansava o rosto sobre a almofada em todas as noites de ausência. Eu prometi, em cada dia que não vieste, que acabaria por bradar aos quatro ventos que a tua partida sido o mais acertado e que o tempo acabaria por remendar-me, até ao desvanescer de todas as recordações. Apaguei memórias, lavei a alma e calei o coração, mas nada resultou. Tu voltaste em força, quase como se nunca tivesses partido, disposto a construir novas historias sem ao menos explicar o porquê das anteriores. Vieste na calada da noite, acalentaste-me a alma e apagaste toda a mágoa que eu tinha dentro de mim. Eu, sinceramente, não sei como o fazes. Eu creio que dei o meu melhor para te esquecer... evitei a tua imagem, apaguei a tua voz do pensamento, ocultei todas as palavras que me recordavam o teu nome; num insano momento, ponderei acordar com o tempo para que corresse mais depressa e o esquecimento fosse, desse modo, mais célere. No entanto,bastou a tua presença disfarçada para destruir toda e qualquer tentativa que por ti fiz. O esquecimento foi infrutífero e o meu coração pede-me que te perdoe e que te deixe voltar a fazer parte do meu mundo. E eu... eu sou uma tola.

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