terça-feira, 20 de abril de 2010

Esquinas do Tempo

Dobrei todas as esquinas do tempo
Sobe pesadas gotas de orvalho
Entre os ramais solta se um vento que parece falar!
Será sombra ou tormento,
Ou será que é a brisa que anda lá fora a cantar?

Andei como poeira sobre as folhagens
Foi chuva de inverno numa noite sem parar,
Dobrei todas as esquinas do tempo,
Foi criança numa rua a chorar.

Dobrei todas as esquinas,
De uma página sozinha em branco,
Passei para lá de uma montanha,
Em busca de um horizonte distante,
Foi deixando para traz a brisa e o vento,
Foi sozinho dobrando todas as esquinas do tempo.

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